YouTube Facebook Twitter
Apostilas Artigos Tutoriais Aulas Vídeos Blog Ferramentas de Rede Fórum Downloads Colabore Fale Conosco
» tutoriais
:: Rede Telefônica Comutada - 2ª Parte

José Mauricio dos Santos Pinheiro em 05/04/2005

 

Planejamento de um Sistema Telefônico Privado

O processo de planejamento de um sistema telefônico é similar ao processo de planejamento de uma rede de computadores. Tal planejamento deve ser realizado a partir de informações externas e as previsões de demanda por serviços de telefonia devem estabelecer os rumos de evolução da rede. Informações sobre os custos dos elementos de hardware e software que compõem a rede também são necessárias.

Fases do Processo de Planejamento

Pode-se identificar três fases no processo de planejamento de um sistema:

Estrutura Topológica

É a primeira fase do projeto. Inicia-se à partir de considerações de onde localizar os componentes e como interligá-los, sujeitas a restrições de conectividade. O resultado dessa etapa é uma matriz de conectividade, incluindo as locações ótimas para a central e concentradores.

Síntese de Rede

Compõe a segunda fase do projeto e se utiliza as informações adquiridas anteriormente para calcular as dimensões dos componentes, sujeitas às restrições quanto ao grau de serviço estabelecido em relação a medidas de desempenho, como atraso e probabilidade de perda. A síntese de rede envolve dois problemas relacionados: roteamento de tráfego e dimensionamento. O resultado desse estágio é um plano de rotas e um conjunto de enlaces lógicos entre os nós da rede.

Especificação da Tecnologia

A especificação da tecnologia para a implementação dos requisitos de transmissão é o estágio de realização da rede ou estágio de roteamento que deve ser executado tendo em vista os componentes disponíveis no mercado, incluindo cabeamento e sistemas específicos de transmissão e comutação. Os problemas a serem solucionados são relacionados aos custos envolvidos e restrições de confiabilidade.

Aspectos que afetam o Planejamento

Um sistema telefônico é constituído de muitos subsistemas diferentes que podem ser projetados e dimensionados separadamente do ponto de vista de orçamento e operacional. Como padrões comuns para a obtenção de um desempenho satisfatório da rede, deve-se incluir:

Plano de numeração;

Plano de tarifação;

Grau de serviços;

Capacidade dos equipamentos;

Gerenciamento;

Interconexão com outras redes.

A rede de telefonia deve prover aos seus assinantes serviços de qualidade satisfatória. Para tal deve observar alguns aspectos que afetam a filosofia do sistema em termos de planejamento. Existe um conjunto de normas e regulamentações do ITU-T e ANATEL que devem ser seguidas. Em termos de segurança, deve-se observar que o sistema pode apresentar defeitos e deve-se garantir que o sistema tenha uma capacidade adequada em associação com situações críticas para manter a confiabilidade. A estrutura do tráfego deve ser parte essencial na construção do sistema.

Também é importante, quando se projeta um sistema, prever a possibilidade de iniciar-se com uma pequena parte implementada inicialmente que atenda à demanda do tráfego, seguida de expansão em etapas sucessivas até a máxima capacidade do sistema.

Uma rede telefônica consiste de um grande número de vias, algumas diretas com alto grau de utilização. A tarefa de encontrar um arranjo adequado envolve diferentes tipos de dados para o projeto. Pode-se relacionar:

INFORMAÇÃO PARA PROJETO

APLICAÇÃO

Localização da Central

Otimização da Rede

Grau de Serviço

Plano de Transmissão

Especificações da Central

Otimização da Rede Básica

Distribuição do Tráfego

Especificações de Transmissão

Relação de assinantes

Matriz de Tráfego

Dados Geográficos

Percursos do cabeamento

Local de Construção

Rotas

 

As Descargas Elétricas e a Rede Telefônica

Descargas elétricas são provocadas geralmente pela ação de um raio ou um curto circuito. Quando ocorre um raio, a descarga elétrica gera um forte campo eletromagnético. Esse campo provoca o surgimento de correntes elétricas nos meios condutores, e essas correntes geradas podem ter intensidade suficiente para provocar danos, se não houver para onde escoar.

O mesmo raciocínio acima, quando aplicado à rede telefônica, traz uma nova realidade. Uma corrente elétrica induzida numa rede telefônica pode ser mais prejudicial aos equipamentos nela conectados do que em uma rede elétrica convencional. Isso ocorre porque a indução na rede telefônica produz pequenas descargas, porém como a voltagem e amperagem nessa rede são sempre muito baixas, qualquer alteração pode danificar os componentes no fim dos cabos, normalmente os aparelhos sem fio, fax e modems nos computadores. Mesmo aparelhos desligados podem sofrer efeitos de uma descarga elétrica pela rede de telefonia.

 

:: ( 1ª Parte ) ::
Rede Telefônica Comutada


José Maurício Santos Pinheiro
Professor Universitário, Projetista e Gestor de Redes, 
membro da BICSI, Aureside, IEC e autor dos livros
 
· Guia Completo de Cabeamento de Redes - (Editora Campus) ·
· Cabeamento Óptico - (Editora Campus) ·

E-mail: jm.pinheiro@projetoderedes.com.br

Imprima

© www.projetoderedes.com.br - Termos e Condições de Uso