CPqD desenvolve nova geração de redes ópticas

Tecnologia permite conexões de 1,25 Gbps por usuário. Oferecer acesso à internet cada vez mais rápido ao um número de usuários cada vez maior é um desafio para desenvolvedores e operadores na área de telecomunicações. Para enfrentar esse desafio, o CPqD está investindo na evolução das redes ópticas de acesso a serviços e aplicações de banda larga por fibra ótica direto na casa dos usuários, o FTTH. Atualmente, as redes desse tipo baseadas na tecnologia Gigabit PON (Passive Optical Network, ou rede óptica passiva) permitem velocidades individuais de acesso de 40 Mbps a 64 usuários simultaneamente. A nova geração de redes ópticas de acesso de arquitetura PON (Next Generation PON, ou NG-PON), que está sendo desenvolvida no CPqD, possibilita conexões de 1,25 Gbps por usuário. “Hoje conseguimos atender até 40 usuários ao mesmo tempo com essa velocidade, mas o objetivo é ampliar esse número para 80, proporcionando capacidade total de 100 Gbps em uma única rede”, diz Alberto Paradisi, gerente de sistemas ópticos do CPqD. “Além disso, queremos aumentar a distância entre o usuário e a central da operadora, que hoje é de 20 km, para mais de 40 km.” Os resultados obtidos nos laboratórios do CPqD são compatíveis com o nível de evolução tecnológica da área no mundo. “Estamos trabalhando com a tecnologia WDM (Wavelength Division Multiplexing) em redes ópticas passivas, que permite atender um número maior de usuários com altas taxas de transmissão, da ordem de Gigabit por segundo”, explica Paradisi. Segundo o gerente, um dos próximos passos é fazer experiências em campo, envolvendo usuários, em parceria com as operadoras de telecomunicações. O desenvolvimento da nova geração de redes ópticas de acesso faz parte do Projeto 100 GETH (Gigabit Ethernet), que vem sendo conduzido desde 2010 pelo CPqD, com recursos do Fundo Nacional para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), do Ministério das Comunicações. Matéria de: www.ipnews.com.br