Um
dos efeitos da globalização é tornar os mercados mais
competitivos e exigentes, obrigando empresas por todo
o mundo a se adaptem a este novo cenário através de
investimentos de melhoria ou na expansão de suas atividades.
Dentre as medidas que podem ser tomadas para alcançar
este objetivo, encontra-se a prática de gerenciar projetos
de uma forma mais profissional e planejada.
Idealização do Projeto
Um projeto é definido
tecnicamente como um esforço temporário (possui data
para início e término), que tem como finalidade produzir
um bem (produto ou serviço) com características próprias
que o diferenciam de outros que, eventualmente, já existam.
A partir do momento
que se idealiza um projeto, seja para uma a implantação
de uma nova infra-estrutura ou para a melhoria de uma
estrutura existente, ficamos cercados por uma série
de problemas técnicos que devem ser resolvidos para
que o projeto prossiga. Por exemplo, para a implantação
do cabeamento de uma rede de computadores é necessário
estimar a quantidade de cabos que serão utilizados na
interligação dos pontos de rede nas áreas de trabalho
até os armários de telecomunicações, calcular o custo
desses cabos e dos demais acessórios, além de mão de
obra e outros itens mais.
Esses problemas técnicos
podem ser resolvidos, desde que um outro problema, bem
maior que estes, possa ser equalizado: Gerenciamento
ineficiente. Um �nico deslize em qualquer uma das fases
de execução de um projeto pode anular rapidamente toda
a produtividade conseguida até aquele momento.
Infelizmente, o fato
que ocorre é que o gerenciamento de projeto raramente
recebe a atenção que merece e, particularmente o segmento
de projetos de redes de computadores, ainda carece de
profissionais devidamente capacitados para conduzir
essa tarefa, ou seja, embora as respostas sejam simples
de ser enunciadas e entendidas, acabam tornam-se complexas
para serem implementadas e efetivadas pela falta de
conhecimento de técnicas básicas para a execução de
um projeto de rede de comunicação.
Viabilizando projetos
Um projeto pode estar
condenado ao fracasso mesmo antes de ser iniciado se
não resultar em vantagens e melhorias práticas para
as aplicações dos usuários a que se destina. Afinal,
os usuários de uma rede de computadores esperam soluções,
de preferência econ�micas, para seus problemas e não
apenas paliativos.
Muitas vezes a razão
para um retorno negativo após a conclusão de uma melhoria
está em uma falha ocorrida no início do projeto, no
momento de se fazer três estimativas importantes: o
custo para a implantação, os benefícios a serem alcançados
e os recursos disponíveis. Para que um projeto seja
viável (e econ�mico), ele deve prover benefícios que
excedam os custos e não deve vincular custos que excedam
os recursos disponíveis.
Benefícios X Custos
� muito importante
calcular corretamente a proporção entre os benefícios
de um projeto e seu custo de implementação. Se os benefícios
não excedem os custos de maneira significativa, ainda
há tempo para rever os objetivos e os critérios para
alcançá-los.
Todavia, não se devem
observar apenas os custos e ignorar completamente os
benefícios. Uma abordagem mais equilibrada seria incluir
considerações sobre os benefícios potenciais do projeto
de forma que possam ser comparados aos seus custos,
através da medida das melhorias obtidas para as aplicações
dos usuários, tanto pela resolução dos problemas como
pelo oferecimento de novas facilidades e novos serviços
de rede.
Recursos X Custos
Um projeto só deve
ser iniciado se houver condições de terminá-lo, ou seja,
se não há condições de se custear as diversas etapas,
um projeto não deve ser aprovado ou iniciado. Da mesma
forma, se não houver profissionais que possam executar
o projeto em sua totalidade, os usuários clientes devem
aguardar o momento mais oportuno ou partir para outra
solução.
Benefícios X Recursos
Na vida real, a grande
maioria dos projetos enfrenta a situação de ter mais
oportunidades de gastar os recursos disponíveis do que
recursos disponíveis para gastar. Por esse motivo, a
utilização dos recursos deve ser cuidadosamente planejada
durante a execução do projeto a fim de que se possa
avaliar a vantagem dos benefícios obtidos sobre os custos.
Figura 1
� Recursos X custos X benefícios
Itenização
Na maioria das vezes
tendemos a examinar um projeto como um todo, com um
custo e benefício �nicos. Entretanto, cada etapa de
um projeto rende seus próprios benefícios, acarreta
seus próprios custos e, na mesma medida, exige recursos
próprios. A ação de dividir um projeto entre partes
independentes em termos de benefícios oferecidos chama-se
itenização.
Torna-se necessário
analisar cada um desses aspectos (custos, benefícios,
e recursos) individualmente por quatro motivos: Primeiro,
para auxiliar a decidir como cada parte do projeto deve
ser realizada; segundo, para ajudar a determinar como
essas partes deverão ser implementadas; terceiro, para
auxiliar na decisão do que antecipar, retardar ou mesmo
cancelar (analisar os riscos), de forma que o projeto
possa prosseguir mesmo com menos recursos; e quarto,
ajudar na estimativa dos custos e benefícios totais
do projeto.
Figura 2
- Itenização
Conclusão
Para que o projeto
de uma rede seja bem sucedido, o resultado do trabalho
não deve apresentar apenas qualidade técnica. Os ingredientes
necessários para um gerenciamento de projeto bem sucedido
são objetivos claros do que se quer alcançar, planejamento
para execução das etapas envolvidas, consenso entre
os participantes do grupo de trabalho e um cronograma
realista para a execução das atividades.
Um projeto de rede bem
sucedido se traduz, principalmente, em melhorias para
os usuários, oferecendo benefícios que excedem seus
custos de implantação, sem ultrapassar os recursos disponíveis.
Tais benefícios podem se caracterizar pelo aumento da
produtividade, pela redução de custos, pelo aprimoramento
dos serviços disponíveis aos usuários, contribuindo
decisivamente no aumento da competitividade da empresa.
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