Conhecidos
genericamente como concentradores, os hubs são equipamentos
de rede muito fáceis de instalar e gerenciar e sua
principal vantagem é o baixo preço para aquisição,
levando em conta o custo por porta.
Largamente
utilizados na maioria dos projetos de redes de computadores,
os hubs são elementos de conexão que atuam como repetidores,
concentrando as conexões físicas em redes locais mas
também podem ser considerados como adaptadores de
rede usados em topologia estrela. Por exemplo, nas
redes Ethernet, cada estação da rede é ligada ao hub
através de um cabo de pares trançados, (normalmente
UTP).
Entre
os motivos para se usar os hubs está a criação de
um ponto de conexão central para os meios físicos
de conexão (cabeamento) que facilita a instalação
e manutenção dos pontos de rede e o aumento da confiabilidade
da rede, permitindo que a falha de um ponto não afete
o restante da rede. Isso difere da topologia em barramento
onde, se houver uma falha no cabo, toda a rede será
afetada.
Os hubs
são considerados dispositivos da camada 1 do modelo
OSI porque apenas geram novamente o sinal e o transmitem
para suas portas (conexões da rede). Suas velocidades
podem variar de 10, 10/100 ou 1000Mbps e a maioria
dos modelos possibilita a interligação dos equipamentos
sob duas formas básicas: o empilhamento e o cascateamento.
Vários
hubs podem ser interligados em uma configuração hierárquica
caracterizando o que se chama de cascateamento. Em
interligações com mais de dois hubs, especificam-se
os hubs terminais que ficam nas pontas do conjunto
como HHub (Header Hub) e os hubs intermediários como
IHubs (Intermediary Hubs). Os hubs terminais utilizam
uma de suas portas para se conectar ao hub vizinho,
já que fazem o papel de terminadores do conjunto.
Os hubs intermediários utilizam duas de suas portas
para se comunicar com os vizinhos, funcionando como
uma ponte para os demais hubs do segmento.
No cascateamento,
a interligação se dá através de uma porta de um equipamento
com a outra porta de outro equipamento, sendo a largura
de banda limitada à velocidade da porta (10/100/1000Mbps).
As regras
para o cascateamento dependem das especificações dos
dispositivos porque neste tipo de ligação, à medida
que vai se "cacasteando", a performance
da rede vai caindo. Alguns fabricantes limitam em
cinco metros o comprimento máximo do cabo UTP que
conecta os hubs com velocidades até 100Mbps. Também
dentro das limitações impostas por cada fabricante,
é possível interligar equipamentos distintos e de
marcas distintas, obedecendo-se à regra 5-4-3 para
hubs. Esta regra limita em dist�ncia o n�mero de segmentos
ponto a ponto de uma rede em 5 (100 metros por segmento
e um máximo de 500 metros), o n�mero de repetidores
existentes (no máximo 4), sendo um repetidor para
cada par de segmentos e apenas 3 segmentos podem conter
hosts.
Normalmente
utilizam-se portas frontais que podem ser específicas
para este fim, chamadas de portas Up-Link. Essas portas
utilizam cabeamento comum, dispensando a utilização
de cabo cross-over. Convém observar que em alguns
modelos é necessária a ativação desta porta especial,
o que obriga ao instalador conhecer o manual de operação
do equipamento.
O cascateamento
é muito prático e barato, mas pode ocupar portas que
poderiam ser usadas para conectar outros equipamentos
da rede. O n�mero de portas utilizadas para o cascateamento
pode ser obtido pela seguinte expressão: 2n-2,
onde n é o n�mero de hubs usados no cascateamento.
Já no
empilhamento, a interligação ocorre através de uma
porta específica para empilhamento (stack) e cada
fabricante possui um tipo de interface própria a qual
possui velocidade transmissão maior que a velocidade
das portas de conexão. Nesse caso, o empilhamento
pode ser feito apenas entre equipamentos de um mesmo
fabricante e não ocorre a incidência da regra 5-4-3
na pilha de hubs. Desta forma, os hubs assim empilhados
tornam-se um �nico repetidor.