A
tecnologia Ethernet, desenvolvida há mais de 20 anos,
conta atualmente com mais de 100 milhões de pontos instalados
no mundo inteiro, sendo a mais utilizada das tecnologias
de redes locais. A crescente demanda de maiores taxas
de transmissão das diversas aplicações de redes locais
de computadores ocasionou a evolução desta tecnologia
de forma gradativa, partindo da velocidade de 10Mbps
para 100Mbps e daí alcançando 1Gbps até os 10Gbps.
Com a atual tendência
para as redes GbE (Gigabit Ethernet), as tecnologias
de transmissão levaram as infra-estruturas de cabeamento
ao seu limite. O mercado buscou desenvolver então um
novo padrão para prover margens de performance compatíveis
com as necessidades presentes e futuras das novas aplicações
de redes de computadores.
Gigabit Ethernet
O padrão Gigabit
Ethernet (IEEE 802.3z) é um padrão de camada
física (PHY - Physical Layer) e de controle de
acesso ao meio (MAC � Media Access Control),
especificando a camada de Enlace do modelo OSI, enquanto
que os protocolos das camadas superiores como o TCP
e o IP especificam porções das camadas de Transporte
e de Rede. Este padrão é a base para comunicação ponto-a-ponto
entre os equipamentos de uma rede de computadores.
A tecnologia Gigabit
Ethernet surgiu da necessidade criada pelo aumento de
largura de banda nas "pontas" das redes (por
exemplo, servidores e estações de trabalho) e também
pela redução constante dos custos entre as tecnologias
compartilhadas e comutadas, juntamente com as demandas
das aplicações atuais.
Cabeamento categoria
7
A Categoria 7/
Classe F é uma nova categoria ou classe de desempenho
que apresenta uma largura de banda de 600Mhz e que usa
um tipo de conector diferente do RJ-45 tradicional.
No caso do conector, foi padronizada pelo IEC uma interface
do tipo não-RJ designada por IEC 61076-3-104, padrão
destinado aos sistemas de cabeamento estruturado de
Categoria 7/Classe F.

Figura 1
- Conector IEC 61076-3-104 � Fonte: Siemon Company
A infra-estrutura
para atender a Categoria 7 utiliza cabeamento S/FTP
(Screened Foil Twisted Pair). São cabos com dupla blindagem,
onde cada par individual recebe uma blindagem do tipo
"folha metálica" (foirl) e todos recebem uma
blindagem geral tipo malha de blindagem (screened).
Os sistemas dessa Categoria somente podem ser implementados
utilizando os cabos S/FTP, não existindo nenhum cabo
UTP e ScTP Classe F/ Categoria 7.

Figura 2
- Cabo S/FTP � Fonte: Siemon Company
A Categoria 7 foi
desenvolvida para ser um sistema aberto, capaz de suportar
algum padrão de rede Gigabit Ethernet, ou mesmo para
ser utilizada em alguma arquitetura de rede ainda mais
rápida. Dessa forma, os cabos da Categoria 7 se enquadram
em um novo padrão de cabeamento de rede em par trançado,
que utilizam os 4 pares de fios blindados e hardware
de conexão também blindado, sendo capazes de trabalhar
com freq�ências de 600MHz, em contraste com os cabos
cat 5 e cat 5e que suportam freq�ências de até 400MHz.
As especificações de
diversos itens referentes a interconectividade (hardwares
de conexão) ainda encontram-se em desenvolvimento, mas
os links que utilizam o cabeamento Categoria 7 já estão
classificados como Classe F na norma ISO.
Na tabela seguinte é
apresentado um resumo das principais características
do cabeamento em par metálico segundo as normas ISO
e EIA/TIA:
ISO |
EIA/TIA |
Utilização |
|
Cat
1 |
Serviços
telef�nicos e dados de baixa velocidade |
|
Cat
2 |
RDSI
e circuitos T1/E1 - 1,536 Mbps/2,048 Mbps |
Classe
C |
Cat
3 |
Dados
até 16 MHz, incluindo 10Base-T e 100Base-T |
Classe
B |
Cat
4 |
Dados
até 20 MHz, incluindo Token-Ring e 100B-T (extinto) |
Classe
D |
Cat
5 |
Dados
até 100 MHz, incluindo 100Base-T4 e 100Base-TX
(extinto) |
|
Cat
5e |
Dados
até 100 MHz, incluindo 1000Base-T e 1000Base-TX |
Classe
E |
Cat
6 |
Dados
até 200/250 MHz, incluindo 1000Base-T e 1000Base-TX |
Classe
F |
Cat
7 |
Dados
até 500/600 MHz |
|