Após
a informação atingir um meio de comunicação (par metálico,
cabo coaxial, fibra óptica, etc), ela se propaga e pode
sofrer atenuação, reflexão, ruído, dispersão ou colisão.
Todos esses efeitos podem acontecer às várias unidades
de dados de protocolos (PDU’s) do modelo OSI. Oito bits
se igualam a 1 byte. Vários bytes equivalem a um quadro.
Os quadros contêm pacotes. Os pacotes transportam as
mensagens que se deseja comunicar. Os profissionais
de rede geralmente falam sobre quadros e pacotes atenuados,
refletidos, com ruídos e em colisão.
Dispersão
A dispersão ocorre quando
o sinal aumenta em tempo. É causada pelo tipo de meios
de transmissão envolvidos. Se for muito intensa,
um bit de informação pode interferir no próximo bit
e confundi-lo com os bits anteriores e posteriores.
A dispersão pode ser resolvida com um projeto de cabeamento
apropriado, limitando o comprimento dos cabos e encontrando
a impedância apropriada. Em fibras ópticas, a dispersão
pode ser controlada pelo uso do laser de um comprimento
de onda específico. Para comunicações sem fio, a dispersão
pode ser minimizada pelas freqüências usadas para transmissão.
Jitter
Todos os sistemas digitais
são sincronizados por intermédio de um relógio (clock).
Os pulsos do relógio coordenam o armazenamento e o envio
das informações através do meio de comunicação. Se o
relógio do equipamento de origem não estiver sincronizado
com o destino, os bits chegarão um pouco mais cedo ou
mais tarde que o esperado. Assim o jitter é um desvio
ou deslocamento de algum aspecto dos pulsos de um sinal
digital. O desvio pode ocorrer em termos de amplitude,
do tempo da fase ou extensão do pulso do sinal. Entre
as causas do jitter estão a interferência eletromagnética
(EMI) e a interferência com outros sinais (diafonia).
O jitter pode ser resolvido com uma série de sincronizações
de relógio complicadas, incluindo sincronizações de
hardware e software ou protocolos.
Latência
Em uma rede de computadores,
a latência, também conhecida como atraso, representa
a expressão do tempo necessário para um pacote de dados
ir de um ponto para outro. Em outras palavras, é a referência
a qualquer atraso ou espera que aumente o tempo de resposta
real ou percebido além do tempo de resposta desejado.
Em alguns casos, a latência é medida enviando-se um
pacote que é devolvido ao remetente e o tempo completo
desse percurso é considerado como latência.
A hipótese sobre latência
indica que os dados devem ser transmitidos instantaneamente
entre um ponto e outro, ou seja, sem nenhum tipo de
atraso. A teoria da relatividade de Einstein afirma
que "nada pode viajar mais rápido que a velocidade
da luz no vácuo (3,0 x 108 metros/segundo)".
Os sinais de rede em meio metálico trafegam a uma velocidade
no intervalo de 1,9x108 m/s a 2,4x108
m/s. Os sinais de rede em fibra óptica trafegam a aproximadamente
2,0x108 m/s. Então, para trafegar qualquer
distância, o bit leva pelo menos um pequeno intervalo
de tempo para chegar ao seu destino. Os fatores que
contribuem para a latência de uma rede incluem:
Propagação:
Tempo necessário para um pacote de dados se deslocar
de um ponto da rede ao outro, na velocidade da luz;
Transmissão:
Como citado, o próprio meio de transmissão introduz
algum atraso. Um pacote maior necessita de mais tempo
para ser recebido e devolvido do que um pacote pequeno;
Equipamentos:
Cada nó da rede introduz um atraso ao examinar/encaminhar
um pacote de dados através da rede;
Uma solução para o problema
da latência está na utilização planejada dos dispositivos
de interconexão de redes, no uso de diferentes estratégias
de codificação e protocolos de várias camadas. |