Montar um PC é
muito mais simples do que pode parecer à primeira vista. Com a
evolução da tecnologia, praticamente todos os componentes foram
padronizados, fazendo com que praticamente qualquer placa de video,
som, modem, etc. que se possa encontrar à venda possa ser usada em
qualquer placa mãe. A única possível incompatibilidade diz respeito
às placas ISA, pois muitas placas mãe atuais vem apenas com slots
PCI.
PCI X
AGP
ISA
Em termos de memória, temos um cenário parecido. Com excessão
das raríssimas placas mãe que usam memórias Rambus, todas as placas
mãe atuais utilizam os módulos de memória DIMM SDRAM, bastando
comprar memórias com uma velocidade adequada à placa mãe. Na dúvida,
compre logo memórias PC-133, que por serem as mais rápidas, podem
trabalhar em qualquer placa mãe atual.
No ramo
dos discos rígidos novamente temos um cenário muito bem definido,
com apenas dois padrões diferentes, o IDE e o SCSI. Os discos IDE
são de longe os mais comuns, e qualquer placa mãe já vem com duas
controladoras IDE embutidas, além de já vir com o cabo IDE, ou seja,
ao usar um HD IDE você só terá mesmo o trabalho de configura-lo. No
caso de um HD SCSI, você precisará comprar uma controladora SCSI
separada. Não é difícil diferenciar HDs dos dois padrões, pois o
cabo dos HDs SCSI é bem mais largo.
A maior
dificuldade reside sobre os processadores, já que atualmente quase
todo novo processador lançado traz junto um novo padrão de placa mãe
que possa suporta-lo. Para verificar quais placas mãe suportam quais
processadores, basta seguir as dicas do capítulo sobre
processadores.
:.
Montando
A
primeira coisa a saber sobre montagem de computadores é sobre a
eletricidade estática. A estática surge devido ao atrito e é
facilmente acumulada por nosso corpo, principalmente em ambientes
muito secos. Você já deve ter feito, ou visto alguém fazer, aquela
brincadeira de esfregar as mãos no cabelo ou num pedaço de lã e
conseguir aplicar um choque sobre um amigo apenas por tocá-lo. Os
componentes das placas de um computador são bastante sensíveis à
cargas elétricas, podendo ser facilmente danificados por um choque
como este.
Ao
manusear o hardware, vale à pena tomar certos cuidados para evitar
acidentes. O primeiro é sempre ao manusear placas, ou módulos de
memórias, tocá-las pelas bordas, evitando contato direto com os
chips e principalmente com os contatos metálicos. Assim, mesmo que
você esteja carregado elétricamente, dificilmente causará qualquer
dano, já que a fibra de vidro que compõe as placas é um material
isolante.
Outro
cuidado é não utilizar blusas ou outras peças de lã enquanto estiver
manuseando os componentes, pois com a movimentação do corpo, estas
roupas ajudam a acumular uma grande quantidade de eletricidade.
Evite também manusear componentes em locais com carpete,
especialmente se estiver descalço. Também é recomendável descarregar
a eletricidade estática acumulada antes de tocar os componentes,
tocando em alguma peça de metal que esteja aterrada, que pode ser um
janela ou grade de metal que não esteja pintada.
Outra
solução seria utilizar uma pulseira antiestática que pode ser
adquirida sem muita dificuldade em lojas especializadas em
informática. Esta pulseira possui um fio que deve ser ligado a um
fio terra, eliminando assim qualquer carga elétrica do corpo. Na
falta de algo de metal que esteja aterrado ou uma pulseira
antiestática, você pode descarregar a estática, embora de maneira
não tão eficiente, simplesmente tocando em alguma parte do gabinete
que não esteja pintada com as duas mãos por alguns
segundos.
Ao
contrário do que pode parecer, não são tão comuns casos de danos a
componentes devido à eletricidade estática, por não ser tão comum
conseguirmos acumular grandes cargas em nosso corpo. Alguns
especialistas chegam a afirmar que a eletricidade estática não chega
a ser um perigo real, geralmente argumentando que ao abrir o
gabinete para mexer no hardware, o usuário invariavelmente toca em
partes não pintadas deste, o que por si já ajudaria a descarregar a
estática. De qualquer maneira, vale à pena tomar cuidado.
Os
componentes mais sensíveis à estática são os módulos de memória. O
pior neste caso é que o mais comum não é o módulo se queimar
completamente, mas sim ficar com alguns poucos endereços
danificados, ou seja ao ser usado, o módulo irá funcionar
normalmente, mas o micro ficará instável e travará com frequência,
sempre que os endereços defeituosos forem acessados. Se o Windows
começar a apresentar telas azuis e travamentos com muita frequência
os principais suspeitos são justamente os módulos de
memória.
É muito
comum comprar módulos de memória danificados em lugares onde os
vendedores manuseiam os componentes sem cuidado algum. Fica a
dica...
Certo
Errado!
:.
Iniciando a montagem
Para
montar um micro, não é preciso muitas ferramentas. Uma chave de
fenda estrela e outra comum de tamanho médio, junto com um pouco de
pasta térmica já dão conta do recado. Algumas outras ferramentas
como chaves hexagonais (ou chaves “canhão”), pinças, um alicate de
ponta fina e um pega-tudo também são bastante úteis. Os parafusos
necessários acompanham o gabinete, a placa mãe e demais componentes,
apesar algumas lojas também venderem parafusos avulsos.
Kit de
ferramentas
Podemos utilizar as chaves hexagonais para remover ou apertar
a maioria dos parafusos, em especial os que prendem os fios das
saídas seriais e paralelas do micro que só podem ser removidos com
este tipo de chave, ou então um alicate. Outros parafusos, como os
que prendem a tampa do gabinete, possuem encaixes tanto para chaves
estrela, quanto chaves hexagonais. As pinças e o alicate são muito
úteis para mudar a posição de jumpers em lugares de difícil acesso,
enquanto o pega-tudo é útil para conseguir alcançar parafusos que
eventualmente caiam no interior do gabinete. Outra utilidade para
ele é segurar parafusos destinados a lugares de difícil acesso, como
os que prendem a parte frontal do gabinete, a fim de conseguir
apertá-los usando a chave de fenda.
Para
iniciar a montagem, o primeiro passo é abrir o gabinete e desprender
a chapa de metal onde encaixaremos a placa mãe. Após encaixada a
placa mãe na chapa de metal, podemos realizar várias etapas da
montagem antes de novamente prender a chapa ao gabinete, assim
teremos muito mais facilidade para encaixar as memórias,
processador, encaixes do painel do gabinete, cabos flat e também
(caso necessário) para configurar os jumpers da placa
mãe.
Para
prender a placa mãe à chapa de metal do gabinete, utilizamos
espaçadores e parafusos hexagonais. Os espaçadores são peças
plásticas com formato um pouco semelhante a um prego, que são mais
usados em gabinetes e placas soquete 7. Nos gabinetes ATX o mais
comum é o uso dos parafusos, não se preocupe, pois o gabinete
acompanha os encaixes adequados.
Parafusos hexagonais e
espaçadores
Não existe nada de muito especial nesta parte da montagem,
mas para tirar qualquer dúvida que possa ter, vou dividir a
explicação em duas partes, falando sobre gabinetes AT e ATX.
:.
Gabinete AT
Na foto
estão todos os componentes que iremos utilizar: gabinete, placa mãe,
processador, memórias, placa de vídeo, placa de som, CD-ROM, drive
de disquetes, cabos e parafusos.

Iniciando a montagem, o primeiro passo é abrir o gabinete e
desprender a chapa de metal onde encaixaremos a placa
mãe:


Para prender a placa mãe à chapa de metal do gabinete,
utilizamos espaçadores e parafusos hexagonais. Os espaçadores são
peças plásticas com formato um pouco semelhante a um prego. A parte
pontiaguda deve ser encaixada nos orifícios apropriados na placa
mãe, enquanto a cabeça deve ser encaixada nas fendas da chapa do
gabinete.
A placa
mãe não ficará muito fixa caso usemos apenas os espaçadores. Para
mantê-la mais firme, usamos também alguns parafusos hexagonais. O
parafuso é preso à chapa do gabinete, sendo a placa mãe presa a ele
usando um segundo parafuso. Dois parafusos combinados com alguns
espaçadores são suficientes para prender firmemente a placa mãe.
Prender
a placa mãe à chapa do gabinete, é uma das etapas mais complicadas
da montagem. O primeiro passo é examinar a placa mãe e a chapa para
determinar onde a furação de ambas se combina. Para apoiar melhor a
placa mãe, você também pode cortar o pino superior de alguns
espaçadores, usando um faca, tesoura ou estilete, e usá-los nos
orifícios da placa mãe que não tem par na chapa.
O primeiro passo para fixar a placa mãe à chapa do gabinete é
verificar em que pontos a furação se combina.
O
próximo passo é encaixar os espaçadores na placa
mãe...
... e
os parafusos hexagonais nos orifícios da chapa que correspondem aos
encontrados na placa mãe.
Agora
basta apenas encaixar a placa mãe. Nesta foto temos um espaçador
sendo encaixado numa fenda da chapa do
gabinete...
... e
aqui o temos firmemente encaixado.
Finalizando o encaixe, temos agora apenas que parafusar a
placa mãe onde colocamos parafusos hexagonais.
:.
Gabinete ATX
A forma
de encaixe pode variar um pouco de acordo com o gabinete. Em alguns
gabinetes a chapa de metal é fixa, obrigando a fazer todo o
trabalha-lho sem removê-la. Em outros a chapa pode ser removida,
como nos AT, mas em qualquer um dos casos, os gabinetes ATX são bem
maiores que os AT, o que facilita bastante a montagem.
O
procedimento continua sendo o mesmo, abrir o gabinete, soltar a
chapa (se o gabinete permitir), prender os parafusos ou encaixes que
vieram com o gabinete e, finalmente, encaixar e aparafusar a placa
mãe.
Outra
coisa prática nas placas ATX é que os encaixes das placas paralelas,
seriais, USB, teclado e em alguns casos também som e rede onboard
são dispostas na forma de um painel que é encaixado diretamente no
gabinete. Não é preciso encaixar e prender um monte de cabos, como
nos gabinetes AT.
:. Encaixando o processador
Com a
placa mãe firmemente presa à chapa de metal do gabinete, podemos
continuar a montagem, encaixando o processador. Para encaixar um
processador soquete 7, ou então um Celeron PPGA ou Pentium III
FC-PGA, basta levantar a alavanca do soquete ZIF, encaixar o
processador e baixar a alavanca para que ele fique firmemente preso.
Não se preocupe em encaixar o processador na posição errada, pois um
dos cantos do processador e do soquete possuem um pino a menos,
bastando que os cantos coincidam.
O
processador deve encaixar-se suavemente no soquete. Se houver
qualquer resistência, certifique-se que está encaixando o
processador do lado correto e veja se o processador não está com
nenhum pino amassado. Se estiver você pode tentar acertá-lo usando
uma pequena chave de fenda ou outro objeto de metal, tome apenas o
cuidado de antes descarregar a estática, e principalmente, de não
quebrar o pino, caso contrário, o processador será
inutilizado.

 Pino de
orientação no processador e no soquete
ZIF.
Para resfriar o processador quando em uso, devemos adicionar
o cooler sobre ele. O mais comum é o cooler ser afixado ao soquete
usando uma presilha metálica, como na foto. Caso o seu processador
seja In-a-Box, você não precisará se preocupar em instalar o cooler,
pois ele já virá preso ao processador. Não se esqueça também de
ligar o fio do cooler no conector apropriado.
Conector de
força do cooler
A instalação do cooler requer um certo cuidado, pois
atualmente os coolers precisam exercer uma pressão muito forte sobre
o processador para atingir sua máxima eficiência, por isso vêm com
grampos muito duros.
Na
maioria dos coolers atuais não é possível prender o grampo com a
mão, você precisará usar uma chave de fenda. É aí que mora o perigo.
Com a pressão que é necessário exercer para prender o cooler é comum
da chave de fenda escapar e danificar a placa mãe.
Local onde é
encaixada a ponta da chave de fenda
Além do cuidado habitual, uma pequena dica é que você utilize
uma placa de fenda com uma ponta grande e grossa, o que melhora o
apoio dificultando as escapadas. As chaves mais baratas costumam ser
melhores para isso, pois têm justamente estas
características.
Outra
coisa com que se preocupar, é que nos processadores Athlon, Duron,
Pentium III e Celeron em formato soquete não existe nenhuma proteção
sobre o núcleo do processador. Se você fizer muita pressão ao
instalar o cooler, você pode quebra-lo, inutilizando o processador.
Ao instalar o cooler, faça pressão apenas sobre o grampo e não sobre
o cooler em sí.
:.
Encaixando processadores em formato de cartucho
Ao
contrário dos demais processadores que usam o soquete 7, o Pentium
II e os Athlons antigos, assim como os modelos antigos do Celeron e
do Pentium III, usam um encaixe diferente, respectivamente o slot 1
no caso dos processadores Intel e slot A no caso do Athlon. Ambos os
encaixes são muito parecidos, mudando apenas a posição do chanfro
central.
O
primeiro passo é encaixar os suportes plásticos que servem de apoio
ao processador, caso eles já não tenham vindo presos à placa mãe.
Estes suportes são necessários pois estes processadores, devido ao
seu invólucro metálico e ao cooler, são muito pesados, e poderiam
mover-se com a movimentação do gabinete coso não tivessem uma
fixação especial, gerando mal contato. Além do suporte principal,
que é parafusado ao slot 1, usamos um segundo suporte, que é
encaixado nos orifícios que ficam em frente a ele. A função deste
suporte secundário é servir de apoio para o cooler, tornando ainda
mais firme o encaixe.
O
suporte é preso à dois orifícios na placa mãe usando presilhas. Pra
encaixa-lo, basta soltar as duas presilhas, encaixa-las na placa
mãe, encaixar o suporte e em seguida novamente parafusa-lo às
presilhas.
Após
prender os suportes à placa mãe, basta apenas encaixar o processador
como um cartucho de vídeo game. Não se preocupe, não há como
encaixar o processador de maneira errada, pois as fendas existentes
no encaixe permitem que o processador seja encaixado apenas de um
jeito. Não esqueça também de ligar o cabo de força do cooler ao
conector de 3 pinos ao lado do encaixe.
Encaixando o
Pentium II
Desencaixar o processador neste caso, é uma tarefa um pouco
mais complicada, pois ao mesmo tempo você deverá empurrar para
dentro as duas travas que existem na parte superior do processador e
puxá-lo. Você pode usar os dedos indicadores para empurrar a trava
enquanto segura o processador com os polegares e os dedos
médios.
:.
Encaixando os módulos de memória
O
encaixe dos módulos de memória é uma operação bastante simples. Para
encaixar um módulo de 30 ou 72 vias, basta primeiro encaixá-lo
inclinado no soquete, empurrando-o a seguir para que assuma sua
posição vertical.
1
2
Para evitar que o módulo seja encaixado invertido, basta
verificar a saliência que existe num dos lados do pente, que deve
corresponder à fenda encontrada em um dos lados do
soquete:

Algumas vezes, em placas de baixa qualidade, ao empurrar o
módulo você encontrará alguma resistência. Forçar poderia danificar
o encaixe. Neste caso, puxe ambas as presilhas com os polegares e
use os indicadores para empurrar o módulo.
Encaixar módulos DIMM de 168 vias também é bastante simples.
Solte as travas plásticas do soquete, encaixe o módulo, como um
cartucho de vídeo game, e em seguida feche as travas prendendo-o ao
soquete. Não há como encaixar o módulo ao contrário, pois, devido à
posição das saliências no soquete, ele só encaixa numa
posição.

As
saliências encontradas nos soquetes de memórias DIMM impedem que os
módulos sejam encaixados invertidos. Por isso, para encaixar os
módulos de memória, basta abrir as travas plásticas e encaixar as
memórias da mesma forma que um cartucho de vídeo game. Faça força
com ambos os polegares e ao mesmo tempo puxe as travas usando os
indicadores. Se preferir, você pode também encaixar primeiro um lado
e depois o outro, fazendo movimentos alternados. As travas fecharão
conforme os módulos forem sendo encaixados.
:.
Configuração dos jumpers
Atualmente, as placas mãe oferecem suporte à vários
processadores. Numa placa soquete 7 um pouco mais antiga, equipada
com o chipset i430FX, i430VX, i430TX, i430HX ou equivalentes de
outros fabricantes, por exemplo, podemos usar geralmente desde um
Pentium de 75 MHz, até um Pentium 200 ou mesmo um 233 MMX, bastando
para isso configurar corretamente jumpers encontrados na placa. Numa
placa mãe soquete 7 mais recente, você já poderá usar até um K6-2
550, enquanto uma placa slot 1 mais moderna permitirá o uso de até
um Pentium III.
Apesar
de toda a sua fama, os jumpers são uma espécie em extinção
atualmente, pois em praticamente todas as placas mães atuais toda a
configuração é feita através do Setup. Em geral o único jumper
encontrado em uma placa mãe moderna será o jumper para limpar o
CMOS, útil caso você configure algo errado no Setup e a placa fique
travada.
De
qualquer forma, quem trabalha com manutenção de micros acabará
trabalhando muito mais com aparelhos antigos do que com micros
novos, acabando por conviver intensamente com os velhos jumpers.
Pois bem, as páginas a seguir tratam justamente da configuração
destas pecinhas chatas. Lembre-se que você só usará as informações a
seguir em placas antigas.
Como já
vimos, os jumpers são pequenas peças plásticas, internamente
metalizadas que servem para criar uma corrente elétrica entre dois
contatos. Através do posicionamento dos jumpers, informamos à placa
mãe como ela deve operar. A configuração dos jumpers é a parte da
montagem que exige maior atenção, pois uma configuração errada fará
com que o micro não funcione adequadamente, podendo inclusive
danificar componentes em casos mais extremos; configurando para o
processador uma voltagem muito maior do que o normal, por
exemplo.
Para
saber a configuração correta de jumpers para a sua máquina, você
deve consultar o manual da placa mãe. Note que cada jumper recebe um
nome, como JP8, JP13, etc. Estes nomes servem para nos ajudar a
localizar os jumpers na placa mãe.
Para
saber a configuração correta de jumpers para a sua máquina, você
deve consultar o manual da placa mãe. Como exemplo vou usar o manual
de uma placa VX-Pro, o que lhe dará uma boa base para configurar
qualquer placa mãe com a ajuda do respectivo manual. Escolhi o
manual desta placa, pois está entre as soquete 7 antigas mais
comuns, as que você terá como companheiras com mais frequência
:-)
Apesar
do manual da placa ser bastante resumido (trata-se de uma placa de
baixa qualidade), encontramos duas páginas dedicadas a nos ajudar a
configurar os jumpers da placa, que podem ser vistas a
seguir:


No
manual da placa, além de tabelas contendo informações sobre o
posicionamento dos jumpers, você irá encontrar um diagrama da placa
mãe que indica a localização de cada jumper na placa. Este diagrama
não mostra apenas a posição dos jumpers, mas nos ajuda a localizar
portas seriais, paralelas, interfaces IDE, assim como os encaixes
para o painel do gabinete.

De
posse do esquema dos jumpers e do diagrama da placa, fica fácil
localizar a posição dos jumpers na placa mãe. Uma última coisa a ser
observada, é a marcação do pino 1, que indica o lado
correto.

A
posição do pino 1 deve coincidir no esquema dos jumpers e no
diagrama da placa, para evitar que invertamos a posição dos
jumpers.
Agora
que já localizamos os jumpers responsáveis pela configuração dos
recursos da nossa placa mãe, vamos configurá-los.
:.
Freqüência do Processador
No
capítulo sobre processadores, vimos que os processadores atuais usam
um recurso chamado multiplicação de clock. Isto significa que o
processador internamente trabalha a uma frequência maior do que a
placa mãe. Um Pentium 200, por exemplo, apesar de internamente
funcionar a 200 MHz, comunica-se com a placa mãe a apenas 66 MHz. A
frequência de operação do processador é chamada de clock interno
(Internal clock), enquanto que a frequência da placa mãe é chamada
de clock externo (External clock).
Continuando a tomar o Pentium 200 como exemplo, percebemos
que a velocidade interna do processador (200 MHz) é 3 vezes maior
que a da placa mãe (66 MHz), dizemos então que no Pentium 200 o
multiplicador é 3x. Num Pentium 166, o multiplicador será de 2.5x,
já que a frequência do processador (166 MHz) será 2.5 vezes maior do
que a da placa mãe (66 MHz).
Nos
micros equipados com processadores Pentium, o clock da placa mãe
pode ser configurado como 50 MHz, 60 MHz, 66 MHz e, dependendo da
placa mãe, também como 55 MHz, 75 MHz e 83 MHz. Placas mãe mais
recentes já suportam operar também a 100 MHz, sendo que algumas
atingem também 103, 112 e 120 MHz.
Às
vezes, é possível configurar um processador de duas maneiras
diferentes. Um Pentium 100, por exemplo, pode ser configurado tanto
com um multiplicador de 2x e clock externo de 50 MHz, quanto com um
multiplicador de 1.5x e clock externo de 66 MHz. Neste caso, a
segunda opção é recomendável, pois apesar do processador continuar
trabalhando na mesma frequência, os demais componentes do micro
passarão a trabalhar 33% mais rápido, melhorando perceptivelmente a
performance global do equipamento.
Placas
um pouco mais antigas, são capazes de suportar multiplicadores de
até 3x, porém, configurando o multiplicador como 1.5x, podemos
instalar nelas o 233 MMX. Isso acontece por que este processador
reconhece o multiplicador de 1.5x como 3.5x, com o objetivo de
manter compatibilidade com estas placas mais antigas. Processadores
similares, como o K6 de 233 MHz utilizam este mesmo
recurso.
Apesar
da Intel ter abandonado a fabricação do MMX após a versão de 233
MHz, passando a fabricar somente o Pentium II que usa placas
equipadas com o slot 1, a Cyrix e a AMD continuaram a lançar
processadores soquete 7 com clocks maiores. Para usar estes
processadores, você precisará de uma placa mãe super-7, que suporte
multiplicadores superiores a 3x e Bus de 100 MHz.
Segue
agora, uma tabela com a configuração do multiplicador e do clock
externo de vários processadores.
Processador |
Clock interno |
Multiplicador |
Clock externo |
Pentium |
75
MHz |
1.5x |
50
MHz |
100
MHz |
1.5x |
66
MHz |
120
MHz |
2x |
60
MHz |
133
MHz |
2x |
66
MHz |
150
MHz |
2.5x |
60
MHz |
166
MHz |
2.5x |
66
MHz |
200
MHz |
3x |
66
MHz |
Pentium MMX |
166
MHz |
2.5x |
66
MHz |
200
MHz |
3x |
66
MHz |
233
MHz |
3.5x
(configurado como 1.5x) |
66
MHz |
Celeron |
266
Mhz |
4x |
66
MHz |
300
MHz |
4.5x |
66
MHz |
466
Mhz |
7x |
66
MHz |
500
MHz |
7.5x |
66
MHz |
533
MHz |
8x |
66
MHz |
566
MHz |
8.5x |
66
MHz |
600
MHz |
9x |
66
MHz |
Pentium II |
233
MHz |
3.5x |
66
MHz |
266
MHz |
4x |
66
MHz |
300
MHz |
4.5x ou
3x |
66 MHz ou
100MHz |
333
MHz |
5x |
66
MHz |
350
MHz |
3.5 |
100
MHz |
400
MHz |
4x |
100
MHz |
450
MHz |
4.5x |
100
MHz |
AMD K6 |
166
MHz |
2.5x |
66
MHz |
200
MHz |
3x |
66
MHz |
233
MHz |
3.5x
(configurado como 1.5x) |
66
MHz |
266
MHz |
4x |
66
MHz |
300
MHz |
4.5 ou
3x |
66 MHz ou
100 MHz |
AMD K6-2 |
300
MHz |
4.5x ou
3x |
66 MHz ou
100 MHz |
350
MHz |
3.5x |
100
MHz |
400
MHz |
4x |
|
450
MHz |
4.5x |
|
500
MHz |
5x |
100
MHz |
Os
processadores Cyrix são uma exceção a esta regra, pois não são
vendidos segundo sua freqüência de operação, mas sim segundo um
índice Pr, que compara seu desempenho com um processador Pentium. Um
6x86 MX Pr 233 por exemplo, opera a apenas 187 MHz, usando
multiplicador de 2.5x e clock externo de 75MHz, existindo também
versões que operam a 200 MHz, usando multiplicador de 3x e clock
externo de 66 MHz.
Processador |
Clock interno |
Multiplicador |
Clock externo |
6x86 MX Pr
166 |
133 ou 150
MHz |
2x ou
2.5x |
66 ou 60
MHz |
6x86 MX Pr
200 |
166
MHz |
2.5x |
166 |
6x86 MX Pr
233 |
187 ou 200
MHz |
2.5x ou
3x |
75 ou 66
MHz |
6x86 MX Pr
266 |
225 ou 233
MHz |
3x ou
3.5x |
75 ou 66
MHz |
6x86 MII
Pr 300 |
225 ou 233
MHz |
3x ou
3.5x |
75 ou 66
MHz |
6x86 MII
Pr 333 |
250
MHz |
2.5x |
100
MHz |
6x86 MII
Pr 350 |
300
MHz |
3x |
100
MHz |
No caso do Pentium II, Pentium III, Celeron e AMD Athlon, as
placas mãe são capazes de detectar automaticamente a frequência de
operação do processador, não exigindo qualquer intervenção, a não
ser claro que você pretenda fazer overclock.
:. Voltagem do
Processador
Por
serem produzidos utilizando-se técnicas diferentes de fabricação,
modelos diferentes de processadores demandam voltagens diferentes
para funcionar corretamente. Como sempre, as placas mãe, a fim de
manter compatibilidade com o maior número possível de processadores,
oferecem a possibilidade de escolher através da configuração de
jumpers entre várias voltagens diferentes.
Usar
uma voltagem maior que a utilizada pelo processador, causará
superaquecimento, que em casos extremos, pode até causar danos, ou
mesmo inutilizar o processador. Caso a voltagem selecionada não seja
suficiente, o processador ficará instável ou mesmo não
funcionará.
No
manual da placa mãe, encontraremos informações sobre as voltagens
suportadas, assim como a configuração adequada de jumpers para cada
uma.
:.
Voltagem para o Pentium clássico (P54C)
Existem
dois tipos de processadores Pentium, que apesar de possuírem
performance idêntica, usam técnicas de fabricação ligeiramente
diferentes, operando por isso, com voltagens diferentes. Os
processadores VRE usam voltagem de 3.5v, enquanto os STD operam
usando voltagem de 3.3v.
Para
saber se o seu processador Pentium é VRE ou STD, basta olhar as
inscrições em sua parte inferior. Aqui estão escritos vários dados
referentes ao processador. Na terceira linha por exemplo,
“A80502133” os três últimos dígitos indicam a freqüência do
processador, no caso um Pentium 133. Na 4º linha, SY022/SSS, a
primeira letra após a barra indica o tipo do processador. Se for um
“S”, trata-se de um processador STD, e se for um “V” trata-se de um
processador VRE.
Muitas
placas mãe para Pentium oferecem apenas voltagem de 3.5 volts, não
disponibilizando os 3.3 V ideais para o funcionamento de
processadores STD. Mesmo que o seu processador seja STD, você pode
setar a voltagem para 3.5 volts e usá-lo neste tipo de placa.
Teoricamente este pequeno aumento na voltagem causaria um aumento na
temperatura de operação do processador, justamente por não ser a
voltagem ideal para o seu funcionamento. Na prática porém, esta
configuração não causa danos, podendo ser usada sem maiores
problemas.
:.
Voltagem para o Pentium MMX (P55C)
O
Pentium MMX utiliza voltagem de 2.8v. Na verdade, esta voltagem é
utilizada apenas pelo core, ou núcleo do processador. Os circuitos
que fazem a comunicação do processador com o chipset e demais
componentes do micro funcionam usando 3.3 volts, como o Pentium STD.
Por isso, dizemos que o MMX usa voltagem dual.
Como as
instruções MMX são apenas software, este processador não exige
nenhum suporte especial por parte da placa mãe. Qualquer placa que
ofereça suporte ao Pentium 200, também suportará os processadores
MMX de 166, 200 e inclusive a versão de 233 MHz, bastando neste
último caso setar o multiplicador como 1.5x. O único problema é
justamente a voltagem. Nem todas as placas mãe antigas oferecem a
voltagem dual exigida pelo MMX, o que nos impede de usá-las em
conjunto com estes processadores.
Mais
uma vez, basta verificar no manual se a placa mãe oferece os 2.8
volts usados pelo MMX e qual é o jumper a ser
configurado.
:.
Voltagem no AMD K6
Felizmente, os processadores K6 trazem estampada a voltagem
utilizada em sua face superior, caso contrário, seria bem difícil
determinar corretamente a voltagem utilizada por um determinado
processador desta série. Nas primeiras versões do K6, a AMD usou
duas técnicas ligeiramente diferentes de produção, batizadas de ALR
e ANR. Os processadores ALR utilizam voltagem de 2.9 volts (caso a
placa mãe não ofereça esta voltagem podemos usar 2.8 V sem
problemas), enquanto os ANR usam 3.2 volts (na falta desta podemos
usar 3.3 também sem problemas). Mais tarde, foram lançados também os
processadores APR de 3.3 volts.
Para
complicar ainda mais, as últimas versões do K6, que usam
transistores de 0.25 mícron, usam voltagem de 2.2 volts. Por isso,
não existe uma regra fixa para a voltagem do K6. Quando for instalar
um destes processadores, você deverá ler as inscrições em sua parte
superior para saber com segurança a voltagem utilizada.
Felizmente, esta confusão não se aplica aos processadores
K6-2 e K6-3, que invariavelmente usam voltagem de 2.2 V. Este
detalhe deve ser alvo de atenção ao comprar uma placa mãe para uso
em conjunto com este processador, já que nem todas as placas soquete
7 oferecem esta voltagem.
:.
Voltagem nos processadores Cyrix
Todos
os processadores Cyrix 6x86MX ou 6x86MII utilizam voltagem de 2.9 v,
mas, segundo a própria Cyrix, funcionam sem problemas com voltagem
de 2.8 v, caso a placa mãe não ofereça a voltagem ideal. A exceção
fica por conta dos antigos processadores Cyrix 6x86 (anteriores ao
6x86MX e 6x86MII) sem instruções MMX. Nestes processadores antigos a
voltagem pode ser tanto de 2.9 v quanto de 3.3 ou 3.5 volts. Como no
caso do K6, porém, os processadores Cyrix trazem impressa em sua
face superior a voltagem utilizada, o que evita qualquer
confusão.
:.
Voltagem no Pentium II e Pentium III
Ao
contrário dos processadores que usam o soquete 7, não precisamos
configurar a voltagem ao usar um processador Pentium II. Isso
acontece por que este processador é capaz de sinalizar para a placa
mãe a voltagem que utiliza, dispensando qualquer configuração
externa. Muitas placas são, inclusive, capazes de detectar também a
velocidade de operação do processador Pentium II, dispensando
qualquer configuração de jumpers.
Apenas
a título de curiosidade, os processadores Pentium II, baseados na
arquitetura Klamath, utilizam 2.8 V e os baseados na arquitetura
Deschutes utilizam 2.0 V. O Pentium III, por sua vez consome 2.0v
nas primeiras versões, de até 55 MHz com core Katmai, 2.05v na
versão de 600 MHz com core Katmai, 1.6v nas versões 500E e 550E com
core Coppermine, 1.65v em todas as demais versões com core
Coppermine, de até 866 MHz, e finalmente, 1.75v na versão de 1
GHz.
:.
Voltagem no Celeron
Assim
como no caso do Pentium II, não é preciso configurar a voltagem nos
micros baseados no Celeron, pois a placa mãe será capaz de detectar
a voltagem automaticamente. Novamente apenas a título de
curiosidade, as versões do Celeron de 266 a 533 MHz, que utilizam o
core Deschutes, utilizam 2.0v, enquanto as versões de 533, 566 e de
600 MHz em diante, que utilizam o core Coppermine, utilizam 1.6v ou
1.7v, dependendo da versão.
:.
Voltagem no AMD Athlon
Assim
como nos processadores Intel, o Athlon é capaz de informar à placa
mãe sua voltagem de operação, por isso, novamente você não precisará
preocupar-se com ela. Apenas para constar, as versões do Athlon de
até 750 MHz utilizam voltagem de 1.6v, as versões de 800 e 850 MHz
usam 1.7v, enquanto as versões de 900, 950 e 1 GHz utilizam
1.8v.
As
versões atuais, baseadas no core Thunderbird utilizam 1.75v,
enquanto o Duron utiliza 1.6v ou 1.75v, dependendo da
versão.
:.
Conectores para o painel do gabinete
O botão
de Reset, o botão Turbo, o Keylock, assim como as luzes de Power,
Hard Disk, e Turbo encontrados no painel frontal do gabinete, devem
ser ligados à placa mãe para poderem funcionar. Numa placa mãe
padrão AT, estes encaixes são de certa forma opcionais, pois mesmo
que você não ligue nenhum, o micro irá funcionar. Simplesmente
deixar de ligar alguns dos conectores do painel, não afetaria o
funcionamento do micro, o único efeito colateral seria que o botão
de reset, a chave turbo ou as luzes do painel frontal não
funcionariam. No entanto, isso daria uma a impressão de desleixo por
parte de quem montou o micro, não sendo muito recomendado se você
pretende manter a sua reputação.
Porém,
numa placa mãe ATX o botão liga-desliga do gabinete é ligado na
placa mãe, se não liga-lo, o micro simplesmente não irá ligar. Este
sempre será o encaixe mais importante.
Do
painel do gabinete saem vários conectores, que devem ser ligados nos
encaixes apropriados na placa mãe:
 
Apesar
de sempre a placa mãe trazer impresso ao lado de cada encaixe o
conector que deve ser nele acoplado, caso você encontre dificuldades
para determinar a posição de algum encaixe, poderá sempre contar com
a ajuda do manual. Alguns manuais trazem apenas um diagrama dos
conectores, enquanto outros trazem instruções detalhadas sobre as
conexões.

:.
Botão liga-desliga ATX
Como
disse, utilizando uma placa mãe ATX, o botão liga-desliga do
gabinete deve ser ligado diretamente na placa mãe. O conector de
dois pinos deve ser ligado no encaixe “Power Switch”, que fica junto
com os demais conectores para o painel. Dependendo da placa mãe, o
encaixe pode se chamar Power SW, Power Switch, ATX Power, Power On
ou outro nome semelhante. Consulte o manual ou os nomes decalcados
próximos dos conectores da placa para localizar o encaixe correto.
Lembre-se se você conectar o cabo no local errado, ou um dos fios
estiver partido o micro não ligará ao pressionar o botão.
:.
Speaker
Mesmo
que seu computador não possua uma placa de som, em muitas ocasiões
você ouvirá alguns bips. Estes sons são gerados diretamente pelo
processador, com a ajuda de um pequeno auto falante encontrado no
gabinete, o que explica a sua baixa qualidade.
O
conector do Speaker possui quatro encaixes, porém usa apenas dois
fios, geralmente um preto e um vermelho, ligados nas extremidades do
conector. Não se preocupe com a possibilidade de ligar o fio o
conector do Speaker invertido, pois ele não possui polaridade. Basta
apenas que seja conectado no encaixe correto da placa
mãe.
:.
Reset
Apesar
de a qualquer momento podermos resetar o micro simplesmente teclando
Ctrl+Alt+Del, algumas vezes o micro trava de tal maneira que é
impossível até mesmo resetar o micro através do teclado. Nestas
situações o botão de reset evita que tenhamos que desligar e ligar o
micro.
O
conector do reset possui apenas dois encaixes e dois fios,
geralmente um branco e outro laranja. Este conector deverá ser
ligado no encaixe da placa mãe sinalizado como “Reset SW”, “RST”, ou
simplesmente “Reset”. Novamente você não precisa se preocupar em
inverter o conector, pois, assim como o Speaker, ele não tem
polaridade.
:.
Keylock
O
Keylock é uma maneira rudimentar de evitar que estranhos tenham
acesso ao computador. Girando uma fechadura no painel do gabinete, o
teclado fica travado.
Obviamente, este sistema não oferece nenhuma proteção real,
já que qualquer um pode facilmente abrir o gabinete e desligar o fio
que liga a fechadura à placa mãe, anulando seu funcionamento, ou
mesmo com um pouco de "manha" destravar a fechadura, o que não é
difícil de fazer, já que invariavelmente elas são extremamente
simples.
Além
disso, o Keylock serve apenas para travar o teclado, e não para
restringir totalmente o acesso ao micro. As senhas a nível de
sistema operacional, ou pelo menos a nível de Setup são muito mais
eficientes.
Justamente por sua baixa eficiência e falibilidade,
atualmente é raro encontrar à venda gabinetes com a fechadura, ou
mesmo placas mãe para com o encaixe para o Keylock. Mais uma vez, a
ligação não possui polaridade, bastando ligar o fio no encaixe
apropriado.
:.
Hard Disk Led e Power Led
Estas
são as luzes do painel que indicam que o HD está sendo acessado e se
o micro está ou não ligado. O Hard Disk Led, também chamado às vezes
de HDD Led, ou IDE Led, é ligado na saída da placa mãe com o seu
nome.
O
conector para o HDD Led na placa mãe possui sempre 4 pinos. O
problema é que o encaixe do painel do gabinete pode ter tanto 2
quanto 4 pinos. Se no seu caso ele possuir apenas 2, este deve ser
ligado nos dois primeiros pinos da saída da placa mãe. Ao contrário
de outros encaixes, o HDD Led possui polaridade. Geralmente o lado
impresso do encaixe deve coincidir com o texto impresso na placa
mãe.
O Power
Led compartilha a mesma saída de 5 pinos do Keylock. Geralmente, a
saída do Power Led é ligada nos 3 primeiros pinos e a do Keylock nos
2 últimos. Como no caso do HDD Led, este encaixe possui polaridade,
por isso, se a luz do painel não acender ao ligar o micro, basta
inverter a posição do conector.
:.
Turbo Switch e Turbo Led
Diversos programas muito antigos, geralmente anteriores a 86,
só funcionavam adequadamente em computadores lentos. Isso se aplica
especialmente a alguns jogos desta época, que ficam muito rápidos
quando rodados em qualquer coisa acima de um 286, tornando-se
injogáveis.
Para
permitir que estes programas pudessem ser rodados sem problemas, foi
criada a tecla turbo do gabinete que, quando pressionada, diminuía a
velocidade de operação do equipamento, fazendo-o funcionar a uma
velocidade semelhante à de um micro 286.
Hoje em
dia, não existe mais utilidade alguma para tecla turbo, já que estes
programas antigos a muito não são usados e ninguém, em sã
consciência, gostaria de tornar seu micro ainda mais lento. Por este
motivo, quase nenhuma placa mãe atual possui encaixe para o conector
do botão turbo, sendo inclusive extremamente raros os gabinetes
novos que ainda o trazem.
De
qualquer maneira, é bem provável que você se depare com conectores
para o botão turbo ao mexer em micros mais antigos. Não existe
mistério em sua conexão, bastando ligar os conectores do botão tubo
(Turbo SW ou TB SW) e a luz (turbo Led, ou TB Led) na saída
correspondente da placa mãe.
Caso o
conector do botão turbo possua três encaixes e a saída da placa mãe
apenas 2, basta ligar apenas dois dos encaixes. Encaixar o Turbo SW
invertido apenas irá inverter a posição de pressionamento do botão,
assim o micro operará em velocidade alta quando o botão estiver
pressionado e em baixa quando ele não estiver.
:.
Configurando o Display do gabinete
Os
gabinetes fabricados até pouco tempo atrás possuem um pequeno
display digital destinado a mostrar a freqüência de operação do
micro. Este display, porém, é apenas um enfeite, podendo ser
configurado para apresentar qualquer valor, e não necessariamente a
real velocidade de operação do processador. O display também não
possui nenhuma relação com o funcionamento do micro.
Apesar
de possuir uma função puramente estética, o display do gabinete
costuma dar um pouco de trabalho para ser configurado, tanto que
muitos preferem não alterar o valor que vem de fábrica, mesmo que
este não corresponda à freqüência de operação do processador
usado.
O
display nada mais é do que um pequeno circuito elétrico que mostra
diferentes números de acordo com a disposição dos jumpers da sua
parte anterior. Normalmente, o gabinete traz um pequeno manual com
instruções resumidas do posicionamento dos jumpers para cada número
desejado, mas justamente por se tratar de uma explicação quase
sempre bastante resumida, é preciso um pouco de paciência para
tentar entendê-las.
Se você
não teve paciência para tentar entender o manual, ou mesmo se não o
possui, uma maneira simples e muito usada de configurar o display, é
ligar o micro para acender o display e configurar os jumpers na base
da tentativa e erro. Pessoas com um pouco de experiência costumam
fazer isso em menos de 1 minuto.
Algumas
vezes o display estará em locais de difícil acesso no gabinete, o
que dificultará ainda mais sua configuração. Neste caso, você poderá
retirar os parafusos que prendem a parte frontal do gabinete e
retira-la, facilitando o acesso aos jumpers do display.
 
:.
Configuração de jumpers do HD e do CD-ROM
Atualmente, além do disco rígido, conectamos vários outros
periféricos nas interfaces IDE do micro, como CD-ROMs, Zip drives,
drives LS-120, entre outros.
Encontramos no micro duas interfaces IDE, chamadas de IDE
primária e IDE secundária. Cada interface permite a conexão de dois
dispositivos, que devem ser configurados como Master (mestre) e
Slave (escravo). O mestre da IDE primária é chamado de Primary
Master, ou mestre primário, enquanto o Slave da IDE secundária é
chamado de Secondary Slave, ou escravo secundário. Esta configuração
é necessária para que o BIOS possa acessar os dispositivos, além de
também determinar a letra dos drives.
Um
disco rígido configurado como Master receberá a letra C:, enquanto
outro configurado como Slave receberá a letra D:. Claro que estas
letras podem mudar caso os discos estejam divididos em várias
partições. Estudaremos a fundo o particionamento do disco rígido no
próximo capítulo.
A
configuração em Master ou Slave é feita através de jumpers
localizados no disco rígido ou CD-ROM. A posição dos jumpers para o
Status desejado é mostrada no manual do disco. Caso você não tenha o
manual, não se preocupe, quase sempre você encontrará uma tabela
resumida impressa na parte superior do disco:

Geralmente você encontrará apenas 3 opções na tabela: Master,
Slave e Cable Select. A opção de Cable Select é uma espécie de
plug-and-play para discos rígidos: escolhendo esta opção, o disco
que for ligado na extremidade do cabo IDE será automaticamente
reconhecido como Master, enquanto o que for ligado no conector do
meio será reconhecido como Slave.
O
problema é que para a opção de Cable Select funcionar, é preciso um
cabo flat especial, motivo pelo qual esta opção é pouco usada.
Configurando seus discos como Master e Slave, não importa a posição
do cabo IDE. Você poderá conectar o Master no conector do meio, por
exemplo, sem problema algum, já que o que vale é a configuração dos
jumpers.
Numa
controladora, obrigatoriamente um dos discos deverá ser configurado
como Master, e o outro como Slave, caso contrário haverá um
conflito, e ambos não funcionarão.
Em
alguns discos, além das opções de Master, Slave e Cable Select, você
encontrará também as opções “One Drive Only” e “Drive is Master,
Slave is Present”. Neste caso, a opção one drive only indica que o
disco será instalado como Master da controladora, e que não será
usado nenhum Slave. A opção Drive is Master, Slave is Present,
indica que o disco será instalado como Master da controladora mas
que será instalado também um segundo disco como Slave.
Uma
última dica sobre este assunto é que em praticamente todos os
discos, ao retirar todos os jumpers, o HD passará a operar como
Slave. Caso você não consiga descobrir o esquema dos jumpers de um
disco, poderá apelar para este macete para instalá-lo como Slave de
outro. Mais uma dica é que em quase todos os casos você poderá
conseguir o esquema de configuração de jumpers no site do fabricante
do HD, mesmo no caso de HDs muito antigos. Estes dias localizei o
esquema de configuração de um Western Digital fabricado em 1995, sem
maiores dificuldades.
A
posição dos jumpers no HD varia de modelo para modelo, mas
normalmente eles são encontrados entre os encaixes do cabo flat e do
cabo de força, ou então na parte inferior do HD.

No caso dos CD-ROMs IDE, a configuração dos jumpers é ainda
mais fácil, sendo feita através de um único jumper de três posições
localizado na sua parte traseira, que permite configurar o drive
como Master, Slave ou Cable Select. Geralmente você encontrará
também uma pequena tabela, indicando a posição do jumper para cada
opção. “MA” significa Master, “SL” Slave e “CS” Cable Select. É
quase um padrão que o jumper no centro configure o CD como Slave, à
direita como Master e à esquerda como Cable Select, sendo raras as
exceções.

Ao instalar dois dispositivos numa mesma interface IDE, ambos
compartilharão a interface, causando perda de desempenho. Por isso,
é sempre recomendável instalar um na interface primária e outro na
interface secundária. Ao instalar um HD e um CD-ROM por exemplo, a
melhor configuração é o HD como Master da IDE primária e o CD-ROM
como Master ou mesmo Slave da IDE secundária.
:.
Encaixando as unidades de disco
Já
estamos quase lá. Vamos encaixar agora o drive de disquetes, o
CD-ROM e o HD nas baias do gabinete. Drives de disquetes e HDs de
3.5 polegadas deverão ser encaixados nas baixas de baixo enquanto o
CD-ROM e eventuais drives de disquetes e HDs de 5,25 polegadas
deverão ser encaixados nas baias de cima que são mais
largas.
Para
encaixar o CD-ROM e o drive de disquetes você deverá apenas retirar
tampão de plástico e encaixar a unidade como na foto a seguir.
Finalizando o encaixe, basta agora aparafusar as unidades às baias
do gabinete. Use parafusos dos dois lados para tudo ficar firmemente
preso.
 
:.
Encaixando os cabos flat e os cabos de força
Finalizando a instalação das unidades de disco, resta apenas
encaixar os cabos flat e os plugs de energia. Se você sobreviveu à
configuração dos jumpers e à ligação dos fios do painel do gabinete,
achará esta etapa muito simples. O único cuidado que você deve tomar
será não inverter a posição dos cabos flat e do plug de energia do
drive de disquetes.
Para
não encaixar os cabos flat de maneira invertida, basta seguir a
regra do pino vermelho, onde a extremidade do cabo que está em
vermelho deve ser encaixada no pino 1 do conector. Para determinar a
posição do pino 1 no conector IDE da placa mãe, basta consultar o
manual, ou procurar pela indicação de pino 1 que está decalcada na
placa mãe ao lado do conector. O mesmo é válido para o cabo do drive
de disquetes.
A
tarja vermelha do cabo flat deverá coincidir com a indicação
de pino 1 decalcada ao lado do encaixe na placa
mãe
Ao encaixar a outra extremidade do cabo no HD, CD-ROM ou
drive de disquetes, a regra é a mesma, encaixar sempre a tarja
vermelha do cabo flat no pino 1 do conector. A tarja vermelha ficará
na direção do cabo de força.
Muitas
vezes, o conector da placa mãe possui um encaixe plástico com uma
saliência em um dos lados, neste caso além do pino 1, você poderá
simplesmente conectar o lado do cabo com ranhuras na direção da
saliência no encaixe, como na foto abaixo:

Você
também encontrará esta saliência no encaixe da maioria dos HDs e
drives de disquetes, bastando neste caso que o lado do cabo com as
ranhuras coincida com a saliência (como pode ser visto nas fotos a
seguir:).
 
A
conexão do cabo de força também é bastante simples, no caso do Disco
Rígido e do CD-ROM, você não precisará se preocupar, pois o cabo só
encaixa de um jeito, somente no caso do drive de disquetes existe a
possibilidade de inverter o cabo. A posição correta do encaixe é
mostrada na foto a seguir.
 Cabo de força
do drive de disquetes
Já que
estamos cuidando do encaixe dos cabos, aproveite e encaixe também o
cabo de áudio que liga o CD-ROM à placa de som. Sem ele, você não
poderá ouvir CDs de música no micro. Abaixo está mais uma foto
mostrando o encaixe dos cabos:

:.
Finalizando a montagem
Propositadamente, encaixamos o processador, as memórias, os
conectores do painel do gabinete, os cabos flat, as unidades de
disco e fizemos toda a configuração de jumpers, antes de prender a
placa mãe ao gabinete, a fim de facilitar o encaixe dos componentes.
Prosseguindo a montagem, devemos agora novamente prender a chapa
metálica onde encaixamos a placa mãe ao gabinete, para poder
encaixar os demais componentes.
:.
Encaixando o cabo de força
Em
fontes padrão AT, você encontrará dois cabos de força a serem
ligados na placa mãe, bastando que os fios pretos de ambos os cabos
fiquem no meio. Preste atenção para não inverter a posição dos cabos
e deixar os fios pretos nos cantos, pois isto danificaria sua placa
mãe.
  
O cabo de força de uma fonte ATX é mais fácil de encaixar,
dispensando inclusive o cuidado de posicionar os fios pretos no
centro, pois o encaixe é único e o diferente formato dos conectores,
combinado com a trava plástica encontrada em uma das extremidades,
faz com que seja possível encaixar o conector apenas de um
jeito.
 
:. Encaixando os cabos das portas seriais
paralelas
Você
encontrará na placa mãe, duas interfaces seriais, uma porta paralela
e, na maioria dos casos, também uma porta PS/2. Usamos cabos para
conectar estas portas à parte traseira do gabinete, onde
conectaremos mouses, impressoras e outros dispositivos que utilizem
estas portas.
As
saídas seriais aparecem na forma de encaixes de 10 pinos, enquanto
as saídas paralelas possuem 26 pinos. As saídas PS/2 já possuem
apenas 6 pinos, que se organizam na forma de um "C".
Assim como nos cabos flat do HD, utilizaremos a regra do pino
vermelho aqui também, a fim de não inverter a posição dos cabos das
portas serias e paralelas. Novamente, você poderá recorrer ao manual
ou aos decalques encontrados na placa mãe para verificar a posição
dos pinos.

Você encontrará cabos seriais com saídas de 9 e de 25 pinos.
Em ambos, o conector para a placa mãe e os sinais são os mesmos,
apenas mudando o conector externo. As saídas de 25 pinos são um
padrão mais antigo, pouco usado atualmente.
Tanto
faz prender as saídas seriais e paralelas nas mesmas saídas da parte
traseira do gabinete usadas pelas placas de expansão, ou soltá-las
das chapas de metal onde normalmente vêem presas e prendê-las nas
saídas próximas à fonte reservadas para elas. A última maneira é a
mais recomendável, apenas por permitir um uso mais racional do
espaço interno do gabinete. Para prender os parafusos hexagonais
você poderá usar uma chave hexagonal, ou na falta de uma, improvisar
com um alicate.

Em placas mãe padrão ATX, você não terá o trabalho de
encaixar cabo algum, pois as saídas seriais, paralelas, assim como
eventuais portas USB e PS/2 formam uma espécie de painel na parte
anterior da placa, que é diretamente encaixado em uma abertura do
gabinete.

O encaixe de placas de vídeo, placas de som, modems, placas
SCSI ou outro periférico qualquer, é bastante simples. Tanto faz se
a placa é padrão PCI, ISA, AGP, VLB, AMR, etc., bastando encaixá-las
no slot apropriado, como um cartucho de video-game e em seguida
prendê-las ao gabinete usando um parafuso. Não é preciso fazer muita
força, basta colocar a placa sobre o slot e fazer força de forma
alternada de um lado e de outro, até que o encaixe seja
perfeito.
:.
Passos finais
Terminando a montagem do micro, basta novamente fechar o
gabinete e ligar o mouse, teclado, impressora, e demais periféricos
externos. Você notará que a fonte do gabinete possui duas tomadas. A
de baixo, obviamente deve ser conectada à rede elétrica, enquanto a
de cima serve como uma extensão onde pode ser ligado o monitor.
Tanto faz ligar o monitor diretamente na tomada, quanto ligá-lo na
fonte do micro, pois a segunda tomada da fonte funciona apenas como
uma extensão.
Se você
seguiu todas as instruções corretamente, e nenhum componente do seu
hardware está danificado, ao ligar o micro será realizada a contagem
de memória indicando que o micro está funcionando aparentemente sem
problemas. Porém, se nada surgir na tela e você começar a ouvir bips
intermitentes, ou mesmo o computador não der nenhum sinal de vida,
então estamos com problemas. Mas, como a vida é feita de desafios,
respire fundo e mãos à obra, se tudo funcionasse na primeira
tentativa não teria muita graça não é? :-)
:.
Quando o micro não dá boot
Cabos
mal encaixados, memória RAM ou cache com problemas, defeitos na
placa de vídeo ou na placa mãe e incompatibilidade entre os
componentes, são apenas algumas das hipóteses na enorme lista de
situações que podem impedir o funcionamento de um
computador.
O
problema mais comum é, ao ligar o micro, não aparecer nenhuma imagem
na tela e serem emitidos vários bips. Estes bips são indicações
emitidas pelo BIOS do micro que dão pistas valiosas sobre o que está
errado. Caso, de início, apesar do computador estar aparentemente
inativo, você não ouça bip algum, espere algum tempo antes de
desligá-lo, pois algumas vezes o BIOS pode perder um ou dois
minutos testando o hardware antes de começar a emitir os bips de
erro. Você encontrará descrições do significado dos bips logo
adiante.
Verifique primeiro se todos os cabos estão bem encaixados,
experimente também retirar e encaixar todos sucessivamente. Se isto
não resolver, experimente retirar todas as placas de expansão do
micro e desconectar as unidades de disco deixando apenas a placa de
vídeo, as memórias e o processador, pois algumas vezes, placas mal
comportadas podem causar conflitos que impedem o boot. Caso o micro
passe a inicializar normalmente, experimente ir recolocando as
demais placas uma a uma para determinar a causadora dos
problemas.
É
possível também que a placa de vídeo ou os módulos de memória
estejam mal encaixados ou com mal contato. Experimente retirá-los,
passar borracha de vinil (aquelas borrachas plásticas de escola) em
seus contatos para limpar qualquer sujeira que possa estar causando
mal contato, e reencaixá-los em seus lugares cativos.
Se
mesmo assim o problema persistir, experimente trocar a placa de
vídeo de slot e as memórias de soquete, pois em alguns casos raros,
determinadas combinações causam conflitos misteriosos em placas mãe
de baixa qualidade. Se nada der certo, então é provável que algum
componente esteja danificado. Neste caso você terá que testar cada
componente em separado para determinar qual está com problemas. A
maneira mais fácil de fazer isso é arrumar um outro computador que
esteja funcionando emprestado e ir substituindo as peças deste micro
pelas do seu até descobrir qual não está funcionando. Os maiores
suspeitos são os módulos de memória, seguidos pela placa mãe e pela
placa de vídeo.
Naturalmente, um processador queimado também impede o micro
de funcionar, mas é raro um processador chegar a queimar. Na maioria
dos casos, o processador está funcionando, apenas a configuração dos
jumpers ou da voltagem está errada, o que em muitos casos impede o
processador de funcionar. O processador será capaz de funcionar
normalmente caso o bus ou o multiplicador esteja indicando uma
freqüência menor que a normal, mas provavelmente não funcionará numa
freqüência muito maior, ou então, caso a voltagem selecionada seja
muito mais baixa ou mais alta que a correta. Em geral, uma
configuração errada de jumpers não causará a queima ou danos ao
processador, mas ele não funcionará até que as configurações estejam
corretas, ou então pelo menos dentro de um nível de tolerância (caso
você esteja fazendo overclock por exemplo).
Lembre-se que as placas mães modernas são capazes de
auto-detectar o processador, lista que inclui tanto placas placa
Pentium III/Celeron quanto Para Athlon/Duron, por isso você não
precisará se preocupar com a configuração de jumpers. Em geral as
únicas placas que atualmente ainda podem vir sem este recurso são
alguns modelos para K6-2. Você terá mais dor de cabeça com isso
quando for mexer em placas antigas, para MMX, Pentium, 486, etc.
Nestes casos é importante ter em mãos o manual da placa. Em muitos
casos você encontrará tabelas resumidas decalcadas na própria placa,
mas isso não é uma regra.
Se o
micro não dá sinal nenhum de vida, sequer um bip, mas o ventilador
da fonte e o cooler chegam a funcionar, verifique se os cabos IDE
(do HD e CD-ROM) não estão encaixados ao contrário, o que causa este
sintoma e é comum de acontecer. Se for o caso, bastará encaixar
corretamente os cabos e tudo funcionará. Se os cabos estiverem
encaixados perfeitamente mas o problema persistir, tente novamente
retirar todas as placas de expansão e unidades de disco como no
exemplo anterior apenas por eliminação e verifique se o cabo do
speaker está corretamente ligado à placa mãe e se não está partido.
Se mesmo estando o speaker corretamente conectado, a placa mãe não
emitir bip algum, é provável que o problema seja na placa
mãe.
Caso a
sua placa mãe seja jumperless, onde toda a configuração é feita
através do CMOS Setup, experimente limpar o CMOS, removendo a
bateria e dando um curto com uma moeda, ou então mudando o jumper
“CMOS Discharge Jumper” de posição. Neste tipo de placa é muito
comum acontecer da placa ficar “travada” devido a algum erro nas
configurações relacionadas com o bus, multiplicador ou voltagem do
processador, que afinal podem ser facilmente alterados através do
Setup. Limpar o CMOS faz com que sejam carregados os valores default
do Setup e o erro seja desfeito.
Finalmente, caso o micro não dê sinal algum de vida, e nem
mesmo o ventilador da fonte ou o cooler cheguem a ligar, é sinal de
problemas ligados à alimentação. Verifique se a chave de tensão
(110/220) da fonte e do estabilizador estão na posição correta. Se o
problema persistir, é provável que a fonte (ou o estabilizador)
esteja com problemas, tente trocá-los.
Lembre-se que em placas mãe ATX o botão liga-desliga é ligado
na própria placa mãe, e não na fonte como em placas AT. Isso
significa que se você ligar o cabo do botão nos conectores errados,
ou o cabo estiver partido o micro também não dará sinal de vida. O
botão deve ser ligado no conector “ATX-Power” ou “ATX-SW” da placa
mãe, que fica próximo ao encaixe do speaker; consulte o
manual.
Se o
micro inicializar normalmente, mas começar a apresentar vários
travamentos depois de pouco tempo de uso, muito provavelmente temos
um problema na memória RAM ou memória cache. Experimente entrar no
Setup e desativar o cache L2, aproveitando para aumentar ao máximo
os tempos de espera das memórias (para mais detalhes leia o capítulo
sobre configuração do CMOS Setup) caso o problema desapareça,
experimente ir abaixando gradualmente os tempos de espera da memória
e ativar o cache L2, até que os problemas voltem, isolando o
causador do problema.
Caso os
problemas continuem, verifique se o processador não está
superaquecendo. Experimente tocar com o dedo o dissipador logo
depois do micro travar, se ele estiver quente a ponto de queimar seu
dedo (uns 60 graus) então é superaquecimento mesmo. Você encontrará
algumas dicas para melhorar isso na sessão de overclock do site, em
“melhorando a ventilação.
Se o
problema ainda persistir, experimente trocar os módulos de memória,
pois tudo indica defeito na memória RAM.
:.
Códigos de erro do BIOS
Durante
o boot, o BIOS realiza uma série de testes, visando detectar com
exatidão os componentes de hardware instalados no micro. Este teste
é chamado de POST (pronuncia-se poust), acrônimo de “Power-On Self
Test”. Os dados do POST são mostrados durante a inicialização, na
forma da tabela que aparece antes do carregamento do sistema
operacional, indicando a quantidade de memória instalada, assim como
os discos rígidos, drives de disquetes, portas seriais e paralelas e
drives de CD-ROM padrão IDE instalados no micro.
Além de
detectar o hardware instalado, a função do POST é verificar se tudo
está funcionando corretamente. Caso seja detectado algum problema em
um componente vital para o funcionamento do sistema, como as
memórias, processador ou placa de vídeo, o BIOS emitirá uma certa
seqüência de bips sonoros, alertando sobre o problema. Problemas
menores, como conflitos de endereços, problemas com o teclado, ou
falhas do disco rígido serão mostrados na forma de mensagens na
tela.
O
código de bips varia de acordo com a marca do BIOS (Award ou AMI por
exemplo) podendo também haver pequenas mudanças de uma placa mãe
para outra. Geralmente, o manual da placa mãe traz uma tabela com as
seqüências de bips usadas. As instruções a seguir lhe servirão como
referência caso não tenha em mãos o manual da placa mãe:
1
Bip Curto: Post
Executado com sucesso: Este é um Bip feliz emitido pelo BIOS
quando o POST é executado com sucesso. Caso o seu sistema
esteja inicializando normalmente e você não esteja ouvindo
este Bip , verifique se o speaker está ligado à placa mãe
corretamente.
1
Bip longo: Falha no
Refresh (refresh Failure) : O circuito de refresh da placa mãe
está com problemas, isto pode ser causado por danos na placa mãe
ou falhas nos módulos de memória RAM
1
Bip longo e 2 bips curtos; 1 Bip longo e 3 bips curtos:
Falha no Vídeo: Problemas com o BIOS da placa de vídeo.
Tente retirar a placa, passar borracha de vinil em seus contatos e
recolocá-la, talvez em outro slot. Na maioria das vezes este
problema é causado por mau contato.
2
bips curtos: Falha Geral:
Não foi possível iniciar o computador. Este problema é causado por
uma falha grave em algum componente, que o BIOS não foi capaz de
identificar. Em geral o problema é na placa mãe ou nos módulos de
memória.
2
Bips longos: Erro de
paridade: Durante o POST, foi detectado um erro de paridade na
memória RAM. Este problema pode ser tanto nos módulos de memória
quanto nos próprios circuitos de paridade. Para determinar a causa
do problema, basta fazer um teste com outros pentes de memória.
Caso esteja utilizando pentes de memória sem o Bit de paridade
você deve desativar a opção “Parity Check” encontrada no
Setup.
3
Bips longos: Falha nos
primeiros 64 KB da memória RAM (Base 64k memory failure) > Foi
detectado um problema grave nos primeiros 64 KB da memória RAM.
Isto pode ser causado por um defeito nas memórias ou na própria
placa mãe. Outra possibilidade é o problema estar sendo causado
por um simples mal contato. Experimente antes de mais nada retirar
os pentes de memória, limpar seus contatos usando uma borracha de
vinil (aquelas borrachas plásticas de escola) e recoloca-los com
cuidado.
4
Bips Longos: Timer não
operacional: O Timer 1 não está operacional ou não está
conseguindo encontrar a memória RAM. O problema pode estar na
placa mãe (mais provável) ou nos módulos de memória.
5
Bips: Erro no
processador: O processador está danificado, ou mal encaixado.
Verifique se o processador está bem encaixado, e se por descuido
você não esqueceu de baixar a alavanca do soquete Zif (acontece
nas melhores famílias :-)
6
Bips: Falha no Gate
20 (8042 - Gate A20 failure): O gate 20 é um sinal gerado pelo
chip 8042, responsável por colocar o processador em modo
protegido. Neste caso, o problema poderia ser algum dano no
processador ou mesmo problemas relacionados com o chip 8042
localizado na placa mãe.
7
Bips: Processor
exception (interrupt error): O processador gerou uma interrupção
de exceção. Significa que o processador está apresentando um
comportamento errático. Isso acontece às vezes no caso de um
overclock mal sucedido. Se o problema for persistente, experimente
baixar a freqüência de operação do processador. Caso não dê certo,
considere uma troca.
8
Bips: Erro na
memória da placa de vídeo (display memory error) : Problemas com a
placa de vídeo, que podem estar sendo causados também por mal
contato. Experimente, como no caso das memórias, retirar a placa
de vídeo, passar borracha em seus contatos e recolocar
cuidadosamente no slot. Caso não resolva, provavelmente a placa de
vídeo está danificada.
9
Bips: Erro na
memória ROM (rom checksum error): Problemas com a memória Flash,
onde está gravado o BIOS. Isto pode ser causado por um dano físico
no chip do BIOS, por um upgrade de BIOS mal sucedido ou mesmo pela
ação de um vírus da linhagem do Chernobil.
10
Bips: Falha no CMOS
shutdown register (CMOS shutdown register error): O chamado de
shutdown register enviado pelo CMOS apresentou erro. Este problema
é causado por algum defeito no CMOS. Nesse caso será um problema
físico do chip, não restando outra opção senão trocar a placa
mãe.
11
Bips: Problemas com
a memória cache (cache memory bad): Foi detectado um erro na
memória cache. Geralmente quando isso acontece, o BIOS consegue
inicializar o sistema normalmente, desabilitando a memória cache.
Mas, claro, isso não é desejável, pois deteriora muito o
desempenho do sistema. Uma coisa a ser tentada é entrar no Setup e
aumentar os tempos de espera da memória cache. Muitas vezes com
esse “refresco” conseguimos que ela volte a funcionar
normalmente. |